domingo, 5 de abril de 2015

Sem ponto virgula e reticências

O que eu faço não importa
O que eu penso não faz diferença
O que eu sou ou o que acham que eu sou não muda nada
Meus silêncios podem causar muito mais barulho que meus gritos de euforia
E minha euforia pode lhe fazer silenciar eternamente
Eu sou esta mistura de brisa e vulcão em erupção 
Posso ser sua paz, sua protetora 
Mas também posso ser seu maior remorso e a maior assassina dos seus sonhos
Eu tenho uma fé, não tão grande quanto eu gostaria, nem por todo o tempo
Mas ela existe aqui dentro de mim de verdade, do meu jeito torto e marrenta 
Sim eu tenho sonhos e vitórias, apesar da minha vida ter tido muito mais renuncias
Mais e ai? As renuncias foram as cosias mais heroicas e fortes que eu já fiz na minha vida
Desistir algumas vezes significa vencer
Sim eu amo e odeio na mesma intensidade, sou bipolar, tripolar
Sou a ausência sufocante e a presença vazia
Sou cheia de versos e prosas
Sou um escorpião cheio de veneno, sou orquídea azul, sou águia, luz e imensidão
Eu sou essa mistura cheia de inversos, mistérios e clarezas.
Jogo minha vida na cara da sociedade, mas o que sinto de verdade, isso é guardado a sete chaves que na maioria das vezes nem eu consigo encontrar
Por isso eu vivo a fazer das palavras textos, rimas, poesias, dores,afagos, rasgos, risos.
E o que importa no fim é que desistir de saber quem ou como sou, apenas vou sendo um pouco de você e muito de mim.

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